Vivíamos intensamente os anos 80, mais precisamente 1986, e o mergulho vicejava como uma atividade em expansão, graças às escolas e centros de mergulho autônomo amador pelo Brasil afora. A base de mergulho da Aquamundo em Mambucaba era bastante frequentada, embora com infraestrutura simples, compensava pela bela natureza e por permitir mergulhos dia e noite com muita segurança.
O Brasil vivia uma época, após os planos de desenvolvimento dos anos 70, contando com uma boa infraestrutura industrial, onde a ordem do dia era importar o mínimo e nacionalizar o máximo.
A atividade do mergulho autônomo sofria muito pela precariedade dos equipamentos nacionais existentes. Não tínhamos coletes, reguladores, manômetros e cilindros. Os cilindros existentes eram feitos a partir de extintores de incêndio de CO², com pressão de trabalho de 150 bar ou 2.200 PSI. Eram pesadíssimos, da ordem de 17.5 Kg e com 10 litros de volume interno e apenas 1500 L de ar, proporcionava uns 20 minutos de mergulho. Esses eram, na época, produzidos pela Atlântida em São Paulo.
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