Qual a importância, para nós, mergulhadores autônomos e especificamente aqueles praticantes do mergulho em apneia, da resposta à questão de que se ocorre ou não doença descompressiva no mergulho livre? A resposta, sendo positiva, revela que o entendimento da doença compressiva é mais complexo do que se imaginava e se devem considerar muitos outros fatores para a sua ocorrência. Por incrível que pareça, esta questão acaba tendo mais impacto para o mergulhador autônomo. E por quê? Pelo contexto em que o mergulho autônomo hoje é praticado. É o que veremos.
A identificação da doença descompressiva no mergulho livre ocorreu entre os coletores de conchas. Ela foi primeiramente relatada em 1958 por Cross, que descreveu os achados de um conjunto de sintomas e sinais observados nos mergulhadores que mergulhavam na lagoa Takatopo, numa das ilhas do arquipélago Tuamoto, na Polinésia, que se sobrepunham ao da doença descompressiva. Os nativos de Tuamoto chamam de taravana a doença observada após o mergulho livre. A palavra parece significar literalmente “cair enlouquecido”. Quando afetados, os mergulhadores podem apresentar queda ao solo e comportamento anormal.
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