Durante o curso básico de mergulho autônomo, muitas pessoas fazem uma descoberta: que o famoso “cilindro de oxigênio” é na realidade cheio de ar atmosférico (aproximadamente 21% de oxigênio e 79% de nitrogênio) e que hoje 99% dos mergulhos amadores são feitos utilizando-se ar como mistura respiratória.
No entanto, com os mergulhadores procurando atingir profundidades e tempos de fundo cada vez maiores e paralelamente tentando diminuir os tempos de descompressão, chegou-se a uma conclusão: o ar não é, na maioria dos casos, a mistura gasosa ideal para o mergulho. Apesar do baixo custo e da alta disponibilidade, o ar está longe de ser a alternativa ideal para a maioria dos mergulhos.
Nos mergulhos entre 15 e 40 metros o uso do ar implica em tempos de descompressão muito grandes. Abaixo de 40 metros surge o fantasma da narcose pelo nitrogênio, que pode deixar o mergulhador em um estado de embriaguez semelhante ao causado por bebidas alcoólicas e que afeta os reflexos e a capacidade de julgamento.
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