Em Salvador, na noite do dia 25 de outubro de 1927, correu a notícia que acontecera, próximo a costa, o naufrágio de um transatlântico com centenas de mortes.
O nervosismo tomou conta da cidade pois chegavam semanalmente muitos “liners” com passageiros locais. Os telefones da época, acionados por manivela, não paravam. Desconhecendo qual o nome do navio, as famílias que esperavam seus amigos ou parentes, vindos do norte ou do sul, em busca de informações, procuravam as autoridades, os agentes de navegação, a Capitania dos Portos. Qualquer notícia nova era passada rapidamente em vozes tensas, de boca em boca, de casa em casa. O pouco que se sabia proviera da estação radio telegráfica dos Correios, situada no bairro de Amaralina, que captara os pedidos de socorro, em código Morse (SOS … — …) de um grande ‘liner’.
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